quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Corrida - 10 erros comuns antes e durante uma prova.

ANTES

1) NÃO PROCURAR SE INFORMAR SOBRE A CORRIDA. Ao contrário de anos atrás, quando se ia para uma prova sem muitas informações, e as surpresas aconteciam, atualmente o corredor tem facilidade para saber sobre os eventos, através de publicações e pelos inúmeros sites voltados ao segmento. 

2) NÃO DESCANSAR O SUFICIENTE NA SEMANA. Apesar de existir toda uma teoria sobre treinamento,
envolvendo várias fases de preparação, na prática sabe-se que a maioria dos corredores não realiza um planejamento de médio e longo prazo, com exceção, talvez, quando se tem em vista uma maratona ou um evento semelhante. Dessa forma, se a prova é de 10 km ou uma meia-maratona, o que se faz é realizar treinos mais rápidos e mais curtos ou um pouco mais longos e não tão fortes, para essas duas situações citadas como exemplo. Não é nada "científica" tal preparação, mas é corriqueira, porque acaba funcionando de alguma forma. Só que muitos costumam manter ou até intensificar os treinos na semana da prova, para não perder condicionamento, o que geralmente é um erro, pois se vai chegar na competição não devidamente descansado. Uma regra que os mais experientes logo constatam é a seguinte: treinos excelentes durante a semana, prova ruim no fim de semana. Portanto, para a próxima competição, opte por fazer a última semana leve, mesmo porque está provado que não se perde condicionamento em alguns poucos dias de descanso.

3) FAZER UM CAFÉ DA MANHÃ DIFERENTE DO HABITUAL. Esta recomendação está em todos os lugares e já é um lugar comum. Mas ao contrário de outras que vem sendo contestadas ou colocadas em dúvida (pela Contra-Relógio), como a necessidade de alongamento imediatamente antes de começar a correr ou a recomendação para se beber um copo d´água a cada 20 minutos, esta continua valendo e deve ser seguida, para que não se tenha surpresa antes da largada ou durante a prova. Com o agravante que banheiros costumam estar sempre cheios na área da concentração e raramente são encontrados no percurso...

4) USAR ROUPA OU TÊNIS NOVO. Outro alerta que se lê em todos os sites, revistas etc, mas curiosamente não costuma ser levado em conta por grande parte dos corredores, seja porque o desejo de estrear algo novo bate mais forte, ou porque não se considera tal recomendação como muito importante. É verdade que hoje em dia a vestimenta para a prática da corrida é algo especializado para dar o maior conforto possível ao esportista, assim como os tênis parecem que já vem "pré-amaciados", tal a qualidade que apresentam. Mas, mesmo assim, não vale a pena correr o risco de sofrer um incômodo durante a prova, por conta da roupa ou do calçado, recomendação válida especialmente para as mais longas, onde o problema tem mais chance de aparecer.

5) IR PARA A PROVA, COM POUCA ANTECEDÊNCIA E NÃO SABENDO PRECISAMENTE O LOCAL.Em várias cidades os participantes já conhecem bem onde as corridas costumam acontecer, mas não se pode esquecer que mudanças de trânsito, até por conta do evento, são sempre possíveis de ocorrer, daí este alerta, que merece especial atenção quando se trata de provas em outras cidades. Só quem já chegou atrasado para uma largada sabe o quanto é desagradável. Efetivamente, não é uma experiência que valha a pena passar.

6) NÃO PASSAR VASELINA. OUTRA RECOMENDAÇÃO CONHECIDA E MUITAS VEZES ESQUECIDA. Ela é indicada notadamente para os dias mais frios, para os corredores mais pesados e quando da participação em percursos longos. Além dos mamilos, sugere-se passar vaselina também entre coxas e na parte genital. Alguns gostam de usar o produto nos pés, igualmente para evitar assaduras, mas é necessário atenção para não exagerar, para que os pés não fiquem "dançando" na meia/tênis.

7) ALONGAR POR MUITO TEMPO. Este hábito já está arraigado entre inúmeros corredores, ainda mais que várias são as provas que fazem uma seção de alongamento pouco antes do tiro de largada. Como a revista mostrou em edições anteriores, esse "puxa-estica" imediatamente antes de começar a correr não traz qualquer ajuda (para evitar lesões ou para correr melhor) e pode até prejudicar a performance. O indicado é que se faça um simples aquecimento, através de trote, ou que se comece sem forçar, para ir acostumando a musculatura.

8) FICAR BEBENDO BASTANTE LÍQUIDO ANTES DA LARGADA. Da mesma forma que os alongamentos antes do começo de uma corrida, a falta do que fazer leva muita gente a ocupar o tempo ingerindo líquidos, para começar a prova "bem hidratado". O problema é que as pessoas exageram, e o resultado é a necessidade de parar no percurso, mesmo que a distância seja de apenas 10 km, para urinar. Antigamente acontecia de algumas corridas não garantirem um bom abastecimento durante o trajeto, mas agora o que se vê é até o contrário, com inúmeros postos de água e isotônico, daí não ter muito sentido essa preocupação com a hidratação prévia.

9) ESQUECER DE AMARRAR FIRME O TÊNIS. Naturalmente que todo mundo sabe da importância de amarrar bem o tênis, ainda mais que se precisa prender o chip. Acontece que mesmo quando essa operação é feita com cuidado, os cadarços podem se soltar durante a competição, atrapalhando o corredor e o fazendo perder algum tempo. Isto acontece especialmente quando está chovendo ou quando se transpira muito (ou se joga bastante água no corpo), fazendo com que os cadarços se amoleçam e soltem. A solução é muito simples: basta dar um nó no cadarço, após o laço. Também existe um dispositivo para prender firme o laço, enquanto alguns preferem colocar para dentro do tênis os cadarços.

10) SE POSICIONAR O MAIS NA FRENTE POSSÍVEL. É lógico que todo mundo quer sair perto da linha de largada, para não perder tempo no momento em que o congestionamento é maior, como acontece cada vez mais em nossas corridas, especialmente as nas grandes cidades. Só que esse empenho para se posicionar na frente acaba sendo pouco producente e até perigoso, a não ser que você seja efetivamente um corredor rápido. O tempo que se perde nas largadas costuma ser inexpressivo e, além disso, as provas costumam considerar os tempos líquidos, contados apenas a partir do momento em que a pessoa passa pelo tapete da largada. E a saída entre os mais rápidos, pode acarretar uma queda e muito provavelmente alguns xingamentos ou empurrões, por estar atrapalhando os demais.

DURANTE

1) COMEÇAR A PROVA MUITO FORTE. Este aspecto por vezes está relacionado ao 10º quesito da primeira parte da matéria, ou seja, muita gente larga em ritmo acelerado por ter se posicionado na frente e, com medo de ser atropelado, faz os primeiros metros "voando", mas logo cansa. Mesmo para quem corre em bom ritmo, mas não é um atleta de elite, o recomendável é sair sem forçar demais, achando sua velocidade ideal logo depois e até guardando um pouco para a parte final da competição, para uma chegada triunfante.

2) ESTABELECER UM DETERMINADO RITMO RÍGIDO. Conversa comum antes de largadas é sobre o ritmo que cada um pretende fazer. É algo até razoável tal previsão ou aspiração, mas ela precisa ser devidamente considerada, para não acabar prejudicando o resultado final do corredor, para mais ou para menos. Vamos explicar! Ao se entrar numa prova com o objetivo de fazê-la em tantos minutos por quilômetro, checando no relógio cada passagem de km, acaba se ficando escravo do ritmo, mas pode-se estar num dia ruim (cansado por alguma razão) ou a prova não estar oferecendo boas condições pelo percurso ruim ou alta temperatura. Dessa forma, não será possível cumprir o ritmo almejado e assim deve-se encarar a situação, correndo-se na velocidade "possível" naquele dia. O contrário também acontece, ou seja, começa-se a prova em determinado ritmo, mas se constata que está sobrando energia (pelas razões inversas anteriormente apresentadas) e então é o caso de esquecer o tempo previsto (e as recomendações do treinador) e correr como o corpo está aceitando e pedindo no momento, quem sabe até para conseguir o recorde pessoal na distância.

3) ERROS AO PEGAR E TOMAR ÁGUA. A questão do abastecimento parece algo simples e efetivamente é, mas os iniciantes por vezes se atrapalham. A começar pela procura logo da primeira bancada de água, sempre a mais congestionada, quando normalmente muitas outras estão pela frente. E depois de pegar o copo a recomendação é se afastar do local, para facilitar para os outros e não se chocar com os mais (ou tão) afoitos. Outra recomendação é quanto à forma de beber a água do copo. Muitos ainda abrem completamente o lacre e ao tentarem beber, além de desperdiçarem boa parte, acabam se engasgando. O correto é fazer um furo na tampa, com o dedo, e ir tomando de golinhos. E nem precisa tomar tudo, podendo o restante ser jogado na cabeça, para refrescar.

4) FICAR CORRENDO EM ZIGUE-ZAGUE. Esta recomendação é óbvia, uma vez que qualquer pessoa sabe que o mais lógico é o corredor não sair de seu caminho, desviando para um lado ou outro, porque acaba cortando a frente dos outros, com risco de quedas, além de prejudicar seu próprio rendimento, uma vez que acabará fazendo uma distância superior à aferida pelo evento. Apesar disso, alguns fazem essa "operação", quando da proximidade de postos de abastecimento, ou para conversar com um amigo, ou para ser fotografado, ou para sair na TV...

5) NÃO PROCURAR TANGENCIAR AS CURVAS. Aqui a questão é técnica e se resume a alertar para que a pessoa corra a distância efetivamente medida, resultado de uma aferição feita por pessoal gabaritado e que realiza o melhor tangenciamento possível das curvas, com o objetivo de procurar encontrar a menor distância. Ou seja, quem corre certo, completa o mesmo trajeto do medidor, enquanto os outros fazem alguns metros mais.

6) LEVAR GEL PARA UMA PROVA DE 10 KM. Citamos o gel de carboidrato, mas pode ser um outro suplemento qualquer. Efetivamente em eventos de curta distância não é necessária qualquer suplementação, para repor a energia perdida, bastando água e eventualmente o isotônico fornecido pela organização. Mesmo porque a absorção por parte do organismo demora algum tempo, daí tal ingestão não fazer qualquer diferença.

7) NÃO PARAR OU REDUZIR AO SENTIR MAL ESTAR. Correr significa se esforçar para vencer determinada distância e mesmo que não se trate de uma pessoa competitiva, algum empenho sempre será necessário. Isso poderá significar algum sofrimento durante a competição, mas deve-se separar bem o que são dores musculares ou o cansaço natural, de um mal estar repentino, como tontura, dor no peito, vontade de vomitar. Nestes casos, não se deve titubear: é parar e ir caminhando, ou pelo menos reduzir o ritmo. Se tudo voltar ao normal, a corrida continua, caso contrário procurar ajuda médica o quanto antes.

8) NÃO RELAXAR OMBROS E BRAÇOS. Pode parecer bobagem esta recomendação, na medida em que o que manda numa corrida são as pernas (e os pulmões). Mas correr muito tenso é prejudicial para o rendimento do atleta, daí se indicar que de tempos em tempos o corredor procure dar uma relaxada nos ombros e braços, e também não fique olhando fixo para frente, mas aproveitando para trocar idéias com alguém ao lado, vendo a paisagem, brincando com a platéia (quando existe...).

9) ALONGAR QUANDO SURGEM CÂIBRAS. O tema não tem unanimidade, até pelo contrário, com muita gente recomendando que se alongue quando as câibras aparecerem durante uma competição. Mas fisiologistas e fisioterapeutas comentam que tal atitude nada ou pouco ajuda, sendo mais producente simplesmente procurar caminhar até as contrações pararem ou diminuírem. Melhor ainda se a pessoa conseguir aplicar gelo no local.

10) ACABAR A PROVA, PARAR E ALONGAR. Assim como antes de começar a correr se sugere um prévio aquecimento, para depois também se indica um desaquecimento, que pode se dar através de caminhada ou mesmo um trote. Nada de parar imediatamente e começar a alongar. Esta atitude é perigosa para o sistema cardiorrespiratório porque o coração, que vinha trabalhando em ritmo acelerado, não muda automaticamente de ritmo ao se terminar a prova e, dessa forma, acaba bombeando mais sangue do que o corpo passa a necessitar. E alongar com o corpo muito quente pode levar a um esticamento exagerado das fibras musculares, com risco até de rompimento. Portanto, deixe o alongamento para depois de caminhar por uns tempos e se hidratar.

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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Como a esteira curva pode ajudar no seu treino?

Muitos corredores não gostam de treinar na esteira por acharem monótono e pelo equipamento causar mudanças biomecânicas no ato de correr. Contudo, existe um modelo de esteira ainda não muito conhecido que se assemelha mais à corrida natural. Chamada de esteira curva, ela corrige a pisada e ainda possibilita o treinamento de diferentes capacidades, como força, velocidade, resistência e agilidade.


Movimento de impulsão
O principal diferencial do equipamento é o fato de ela não ser motorizada, exigindo que o corredor faça o movimento de impulsão para a frente para se deslocar, o que não ocorre na esteira tradicional, já que é o motor que faz a força para a lona do deck girar.

“O fato de a energia ser gerada pelo próprio praticante faz com que o movimento fique mais próximo da realidade da corrida”, explica Pérsion Schiapim, treinador da Technogym – marca que trouxe este ano para o Brasil a esteira curva SkillMill, presente já na rede de academias Competition, em São Paulo, e na Move Fit, em Vinhedo.

Ritmo de corrida
Como a força de impulsão é feita pelo corredor, é ele quem determina o ritmo. Assim como na rua, a velocidade da corrida é determinada pela cadência e pelo comprimento da passada. Se o atleta parar de correr, a esteira para de rodar.


Menos impacto
“O design ergonômico em curva contribui para reduzir o impacto na fase de aterrissagem, pois promove uma adequação das articulações dos membros inferiores de uma forma mais natural”, diz o treinador. Essa “correção” do movimento ocorre porque o deck curvo faz com que a aterrissagem seja feita com o a parte frontal do pé, e não com o calcanhar.


Treinamento
A esteira permite fazer uma grande variedade de treinos – de força, velocidade, resistência e agilidade. A SkillMill, por exemplo, possui um sistema de marcha pelo qual é possível aumentar a resistência. Quanto mais alta, mais força o atleta tem que fazer para conseguir correr.

É possível também trabalhar exercícios coordenativos, como corridas laterias, para desenvolver agilidade. “Eles ajudam a melhorar a técnica do movimento e a resposta neuromotora para realizar os exercícios, proporcionando aos praticantes maior consciência corporal”, afirma o representante a marca.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Como calcular a quantidade de água para levar em trilhas e caminhadas

Como todos sabemos, um item primordial a se levar em trilhas e caminhadas é a água. Calcular a quantidade necessária para todo o percurso é essencial para não carregar peso em excesso e por outro lado, levar água de menos pode levar à desidratação.
Em um dia normal, a recomendação é que uma pessoa adulta tome mais ou menos dois litros de água. Mas em situações de esforço físico, a quantidade de água pode praticamente dobrar, ou seja, considere uma média de 3,5 litros por pessoa por dia.

Também é muito importante você se informar sobre o percurso que vai seguir, se terão fontes de água pelo caminho ou não. Se não houver água durante o percurso, você deverá levar toda a água necessária, mas se houver cursos de água durante o percurso, você pode contar com o reabastecimento. Porém, também é importante informar-se quanto tempo de trilha existe entre os pontos de reabastecimento para não ficar sem água entre eles. Além disso, nunca se deve confiar na água coletada, mesmo que esteja transparente, ela pode estar contaminada por material orgânico. Leve sempre consigo as pastilhas Clorin para a desinfecção da água, para evitar uma infecção e consequentes desidratação, vômitos e diarreia.
Em atividades mais longas e com pernoite lembre-se de reservar um litro de água ou até mais para cozinhar, escovar os dentes e limpar possíveis ferimentos.
Além disso, é sempre bom reservar uma quantidade extra para imprevistos como bicas secas em certas épocas do ano, desvios de caminho, etc.
Ah, e uma dica muito importante é que você pode “comer” água também! Leve sempre com você frutas ricas em água, como laranjas, bananas, maçãs e melancias, que além de saciarem sua fome, mantém a hidratação e são ricas em nutrientes.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Nike apresenta a preparação para a Maratona Sub 2h

Para quebrar a barreira da maratona de duas horas, um corredor precisaria superar a marca mais rápida que já foi registrada - 2:02:57 – em cerca de 3 por cento. Isso significa que ele precisaria eliminar sete segundos de cada uma de suas 26,2 milhas. Para a maioria, este é um desafio aparentemente impossível. Mas para a Nike, é uma meta que vale a pena buscar.
Com coragem suficiente para aceitar o convite, os atletas Eliud Kipchoge, Lelisa Desisa e Zersenay Tadese vão tentar realizar uma corrida abaixo de duas horas. Alguns meses de testes e análise de dados dos melhores corredores de longa distância do mundo determinaram que estes três estivessem fisicamente preparados para o desafio. Mas grande parte da ideia de fazer parceria com eles resume-se ao fato de serem, por natureza, melhores do que outros atletas em correr rápido por um longo tempo.

sábado, 29 de abril de 2017

Reflexão: trail runners estão pulando etapas nas distâncias

Há algum tempo venho percebendo uma mudança de comportamento nos atletas, que me assusta e me leva a uma série de questionamentos.
Com o crescimento nítido do Trail Run brasileiro e também das corridas de longa distância nesses terrenos, o que mais tenho visto são os atletas “pularem etapas”. Hoje em dia, todo mundo acha que para correr 10 quilômetros, não vale nem a pena sair de casa. Em relação aos 21, depende da altimetria da prova. Se não for absurda, 21 fica muito fácil. Resultado: se inscreve para distâncias superiores aos 42. Antigamente, temíveis 42k!
Os atletas estão se esquecendo que correr deve ser algo saudável. Obviamente, níveis de dores aparecem e incomodam. Nenhum de nós que treina quatro ou mais vezes na semana, com no mínimo umas 6h de treino semanal, está totalmente imune às dores. Mas há um limite! Lembre-se que você quer correr até o último dia da sua vida.Os atletas de hoje não querem mais saber de fazer uma boa prova, e sim, completar a distância longa, não importa em qual estado físico ele cruze a linha de chegada. O importante é sair batendo no peito e dizer que já correu 50k, 55k, 65k, 100k! Opa, peraí! Mas e o preço a pagar por isso? Ou vocês acham que “ficar fazendo pagamento mínimo do cartão do crédito” não vai estourar um dia e a fatura chegar com juros e correções elevadíssimas?
Asfalto X Montanha - A transição asfalto-montanha para a maioria dos atletas foi muito rápida. Não houve preparação física, orientação profissional adequada. Subir e descer correndo, os mais variados pisos, tem um potencial de lesão muito maior do que a corrida no asfalto. Repare nas provas, como os atletas novos parecem que vão enfartar nas subidas e parecem trens descarrilhados nas descidas, sem a menor coordenação de braços e pernas e também o centro de gravidade do corpo todo equivocado.
É importante que o atleta faça boas provas de 10/12 quilômetros. Passada essa etapa, comece a correr boas provas de 20/25k. Daí para os 42/50k, é importante ter orientação com profissionais qualificados, para mensurar volume e intensidade de treino. Quando você cruzar a linha de chegada de uma prova de 42/50k, com uma sensação de que poderia ir além, que v correu todos os trechos “corríveis” da prova, que já conhece o seu corpo e tem uma boa estratégia de hidratação e alimentação durante a prova, aí sim, você terá dado um passo importante para buscar distâncias superiores aos 65k. Mas não pule direto para os 100k!!!
Não menospreze as distâncias menores, faça boas provas. Não se inscreve numa prova longa simplesmente para completá-la. Trail Run, como o nome já diz, é corrida em trilha. Trilheiros são as pessoas que gostam de caminhar nas trilhas, fazer o chamado “trekking”. Respeitem seu corpo, mantenham sua saúde!

sexta-feira, 24 de março de 2017

NOSSOS RESULTADOS!

ANDRÉ LUIS BARONI NORA - TRIATLETA

2016
14/02- 1ª Etapa Copa do Interior Piracicaba/SP - 3º lugar
06/03- 2ª Etapa Copa do Interior Itatiba/SP – Campeão
09/04- Campeonato Brasileiro João Pessoa/PB – 5º lugar
17/04- Trirex Triathlon Brotas/SP –Campeão
15/05- 1ª Etapa Terra X3 Triathlon Aguas de Lindóia/SP – Campeão
22/05- 3ª Etapa Copa do Interior Itatiba/SP – 2º lugar
12/06- Seletiva Campeonato Paulista Peruíbe/SP – Campeão
19/06- 4ª Etapa Copa do Interior Araras/SP – 2º lugar
23/07- 2ª Etapa Terra X3 Triathlon Jaguariúna/SP – Campeão
31/07 5ª Etapa Copa do Interior Araras/SP – 2º lugar
04/09- 3ªEtapa Terra X3 Triathlon Itatiba/SP – Campeão
11/09- 6ª Etapa Copa do Interior São Pedro/SP – Campeão
16/10- Campeonato Brasileiro de Sprint Triathlon Vila Velha/ES – 4º lugar
23/10- 7ª Etapa Copa do Interior Piracicaba/SP – Campeão
06/11- 4ª Etapa Terra X3 Triathlon Mogi Mirim/SP – Campeão
11/12- Troféu Brasil última Etapa Santos/SP – 2º lugar

2017
05/02 - 1ª Etapa Copa Interior - São Pedro/SP - 3° Colocado
05/03 - Etapa Series Triathlon - Guarulhos/SP -  6° Colocado
12/03 - Triathlon Pirassununga - Pirassununga/SP - 2° Colocado
19/03 - Trirex Triathlon - Brotas/SP - 2° Coloado


CARLOS RUBI - ULTRA TRAIL RUNNER

2016
31/04 - Desafio 28 Praias - 42k - Ubatuba/SP - Campeão
14/05 - Ultra Desafio - 50k - Morungaba/SP - Campeão no Geral
25/06 - KTR Campos do Jordão/SP - 42k - 3° Categoria
31/07 - Corrida de Montanha 21k - Atibaia/SP - 3° Geral
04/09 - Desafio das Serras - 80k - São F. Xavier/SP - 5° Colocado
08/10 - Trirex Trail Run - 30k - Brotas/SP - Campeão Categoria
29/10 - Ultra Trail Costa Esmeraldo - 100k - Santa Catarina/SP - 3° Colocado Categoria

2017
07/04 - Patagonia Run - San Martin de Los Andes - 3° Colocado 100km Geral
05/02 - 1ª Etapa Copa Interior - São Pedro/SP - 2° Colocado
12/03 - Triathlon Pirassununga - Pirassununga/SP - 3° Colocado



EMERSON SEGOVIA - TRAIL RUNNER

2016
31/07 - Corrida de Montanha 21k - Atibaia/SP - 3° Categoria
08/10 - Trirex Trail Run - 20k - Brotas/SP - 4° Categoria
21/11 - K21 - Serra do Japi/SP - 11° Categoria

2017
22/04 - KTR Campos do Jordão/SP - 14° Colocado Categoria 21km
19/03 - Trirex - 20k - Brotas/SP - Campeão Categoria









LUIS CARLOS FRANCO - TRAIL RUNNER

2016
04/09- 3ªEtapa Terra X3  -7K- Itatiba/SP – 4° Colocado
06/11- 4ª Etapa Terra X3  - 7K- Mogi Mirim/SP – Campeão

2017
29/01 - Explore Corrida de Montanha - São Pedro/SP - 4° Colocado












JIMMY LUCAS - TRAIL RUNNER


2016
06/11- 4ª Etapa Terra X3 - 7K -  Mogi Mirim/SP – 3° Colocado



terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Correr duas vezes ao dia faz mal?


MATÉRIA POSTADA PELO SITE ATIVO.COM

Para alguns pode parecer loucura, mas realizar mais de um treino de corrida em um único dia pode ser uma opção interessante para diversos tipos de corredores, variando desde aqueles que não possuem tempo para fazer treinos longos (e querem fazer provas longas), até aqueles que querem reduzir seu tempo em provas mais curtas.

Nosso corpo possui uma boa capacidade de adaptação, modelando-se conforme os estímulos que damos a ele. Por esse motivo, uma pessoa que treina força faz o músculo ficar mais forte, da mesma forma que se ela treinar resistência, o mesmo ficará mais resistente.
Logo, quando decidimos realizar treinos com um tempo menor de intervalo entre eles, nosso organismo começa a desenvolver mecanismos mais eficientes de recuperação, buscando mais fontes de energia e ferramentas distintas para que consiga manter um bom rendimento durante as atividades.
O resultado desta adaptação toda é uma melhora na performance com o passar do tempo. Ele é um dos (entre outros) princípios dos estudos que demonstram que realizar atividades físicas paralelas como bike, musculação e natação melhoram o desempenho durante as corridas, justamente porque, além do estímulo muscular diferenciado, reduzimos o tempo de descanso entre um treino físico e outro, obrigando nosso sistema a se recuperar mais rapidamente e gerar energia com mais eficácia.
Agora, por favor, não saia correndo o dobro do que corria. Não mesmo! Geralmente, quando se faz mais de um treino ao dia, o volume neste e nos outros dias é fragmentado.
É preciso planejar os treinos para a semana toda, fazendo as adaptações necessárias e não esquecendo, de jeito nenhum, dos períodos de descanso mais longos, quando necessários.
Para se ter uma ideia, posso citar o que estou fazendo recentemente. Como uma preparação, passei a treinar dois dias seguidos e tendo na sequência um dia de descanso.
Depois de um tempo adaptado, resolvi escolher um ou dois dias na semana para fazer dois treinos, um de manhã e outro à noite, antecedendo o dia de descanso.
Nesses dias, em que antes eu faria algum treino de mais ou menos 15 km, comecei a fazer dois de 9 km; às vezes, um de 10 km pela manhã e outro de 6 km à noite, com ritmo mais forte. No começo, o treino noturno rendia menos, mas com o tempo fui me acostumando e hoje em dia é notável a melhora na resistência das pernas em treinos mais longos.
Enfim, existem diversas possibilidades e variações que podem ser aplicadas ao seu nível de corrida e aos seus objetivos.
Mas antes de sair experimentando novos treinos longos, é fundamental que conheça bem o seu corpo e, sempre que possível, converse com o seu treinador físico para planejarem juntos uma variação compatível com o seu volume de corridas, evitando lesões indesejáveis.