sábado, 29 de abril de 2017

Reflexão: trail runners estão pulando etapas nas distâncias

Há algum tempo venho percebendo uma mudança de comportamento nos atletas, que me assusta e me leva a uma série de questionamentos.
Com o crescimento nítido do Trail Run brasileiro e também das corridas de longa distância nesses terrenos, o que mais tenho visto são os atletas “pularem etapas”. Hoje em dia, todo mundo acha que para correr 10 quilômetros, não vale nem a pena sair de casa. Em relação aos 21, depende da altimetria da prova. Se não for absurda, 21 fica muito fácil. Resultado: se inscreve para distâncias superiores aos 42. Antigamente, temíveis 42k!
Os atletas estão se esquecendo que correr deve ser algo saudável. Obviamente, níveis de dores aparecem e incomodam. Nenhum de nós que treina quatro ou mais vezes na semana, com no mínimo umas 6h de treino semanal, está totalmente imune às dores. Mas há um limite! Lembre-se que você quer correr até o último dia da sua vida.Os atletas de hoje não querem mais saber de fazer uma boa prova, e sim, completar a distância longa, não importa em qual estado físico ele cruze a linha de chegada. O importante é sair batendo no peito e dizer que já correu 50k, 55k, 65k, 100k! Opa, peraí! Mas e o preço a pagar por isso? Ou vocês acham que “ficar fazendo pagamento mínimo do cartão do crédito” não vai estourar um dia e a fatura chegar com juros e correções elevadíssimas?
Asfalto X Montanha - A transição asfalto-montanha para a maioria dos atletas foi muito rápida. Não houve preparação física, orientação profissional adequada. Subir e descer correndo, os mais variados pisos, tem um potencial de lesão muito maior do que a corrida no asfalto. Repare nas provas, como os atletas novos parecem que vão enfartar nas subidas e parecem trens descarrilhados nas descidas, sem a menor coordenação de braços e pernas e também o centro de gravidade do corpo todo equivocado.
É importante que o atleta faça boas provas de 10/12 quilômetros. Passada essa etapa, comece a correr boas provas de 20/25k. Daí para os 42/50k, é importante ter orientação com profissionais qualificados, para mensurar volume e intensidade de treino. Quando você cruzar a linha de chegada de uma prova de 42/50k, com uma sensação de que poderia ir além, que v correu todos os trechos “corríveis” da prova, que já conhece o seu corpo e tem uma boa estratégia de hidratação e alimentação durante a prova, aí sim, você terá dado um passo importante para buscar distâncias superiores aos 65k. Mas não pule direto para os 100k!!!
Não menospreze as distâncias menores, faça boas provas. Não se inscreve numa prova longa simplesmente para completá-la. Trail Run, como o nome já diz, é corrida em trilha. Trilheiros são as pessoas que gostam de caminhar nas trilhas, fazer o chamado “trekking”. Respeitem seu corpo, mantenham sua saúde!

sexta-feira, 24 de março de 2017

NOSSOS RESULTADOS!

ANDRÉ LUIS BARONI NORA - TRIATLETA

2016
14/02- 1ª Etapa Copa do Interior Piracicaba/SP - 3º lugar
06/03- 2ª Etapa Copa do Interior Itatiba/SP – Campeão
09/04- Campeonato Brasileiro João Pessoa/PB – 5º lugar
17/04- Trirex Triathlon Brotas/SP –Campeão
15/05- 1ª Etapa Terra X3 Triathlon Aguas de Lindóia/SP – Campeão
22/05- 3ª Etapa Copa do Interior Itatiba/SP – 2º lugar
12/06- Seletiva Campeonato Paulista Peruíbe/SP – Campeão
19/06- 4ª Etapa Copa do Interior Araras/SP – 2º lugar
23/07- 2ª Etapa Terra X3 Triathlon Jaguariúna/SP – Campeão
31/07 5ª Etapa Copa do Interior Araras/SP – 2º lugar
04/09- 3ªEtapa Terra X3 Triathlon Itatiba/SP – Campeão
11/09- 6ª Etapa Copa do Interior São Pedro/SP – Campeão
16/10- Campeonato Brasileiro de Sprint Triathlon Vila Velha/ES – 4º lugar
23/10- 7ª Etapa Copa do Interior Piracicaba/SP – Campeão
06/11- 4ª Etapa Terra X3 Triathlon Mogi Mirim/SP – Campeão
11/12- Troféu Brasil última Etapa Santos/SP – 2º lugar

2017
05/02 - 1ª Etapa Copa Interior - São Pedro/SP - 3° Colocado
05/03 - Etapa Series Triathlon - Guarulhos/SP -  6° Colocado
12/03 - Triathlon Pirassununga - Pirassununga/SP - 2° Colocado
19/03 - Trirex Triathlon - Brotas/SP - 2° Coloado


CARLOS RUBI - ULTRA TRAIL RUNNER

2016
31/04 - Desafio 28 Praias - 42k - Ubatuba/SP - Campeão
14/05 - Ultra Desafio - 50k - Morungaba/SP - Campeão no Geral
25/06 - KTR Campos do Jordão/SP - 42k - 3° Categoria
31/07 - Corrida de Montanha 21k - Atibaia/SP - 3° Geral
04/09 - Desafio das Serras - 80k - São F. Xavier/SP - 5° Colocado
08/10 - Trirex Trail Run - 30k - Brotas/SP - Campeão Categoria
29/10 - Ultra Trail Costa Esmeraldo - 100k - Santa Catarina/SP - 3° Colocado Categoria

2017
07/04 - Patagonia Run - San Martin de Los Andes - 3° Colocado 100km Geral
05/02 - 1ª Etapa Copa Interior - São Pedro/SP - 2° Colocado
12/03 - Triathlon Pirassununga - Pirassununga/SP - 3° Colocado



EMERSON SEGOVIA - TRAIL RUNNER

2016
31/07 - Corrida de Montanha 21k - Atibaia/SP - 3° Categoria
08/10 - Trirex Trail Run - 20k - Brotas/SP - 4° Categoria
21/11 - K21 - Serra do Japi/SP - 11° Categoria

2017
22/04 - KTR Campos do Jordão/SP - 14° Colocado Categoria 21km
19/03 - Trirex - 20k - Brotas/SP - Campeão Categoria









LUIS CARLOS FRANCO - TRAIL RUNNER

2016
04/09- 3ªEtapa Terra X3  -7K- Itatiba/SP – 4° Colocado
06/11- 4ª Etapa Terra X3  - 7K- Mogi Mirim/SP – Campeão

2017
29/01 - Explore Corrida de Montanha - São Pedro/SP - 4° Colocado












JIMMY LUCAS - TRAIL RUNNER


2016
06/11- 4ª Etapa Terra X3 - 7K -  Mogi Mirim/SP – 3° Colocado



terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Correr duas vezes ao dia faz mal?


MATÉRIA POSTADA PELO SITE ATIVO.COM

Para alguns pode parecer loucura, mas realizar mais de um treino de corrida em um único dia pode ser uma opção interessante para diversos tipos de corredores, variando desde aqueles que não possuem tempo para fazer treinos longos (e querem fazer provas longas), até aqueles que querem reduzir seu tempo em provas mais curtas.

Nosso corpo possui uma boa capacidade de adaptação, modelando-se conforme os estímulos que damos a ele. Por esse motivo, uma pessoa que treina força faz o músculo ficar mais forte, da mesma forma que se ela treinar resistência, o mesmo ficará mais resistente.
Logo, quando decidimos realizar treinos com um tempo menor de intervalo entre eles, nosso organismo começa a desenvolver mecanismos mais eficientes de recuperação, buscando mais fontes de energia e ferramentas distintas para que consiga manter um bom rendimento durante as atividades.
O resultado desta adaptação toda é uma melhora na performance com o passar do tempo. Ele é um dos (entre outros) princípios dos estudos que demonstram que realizar atividades físicas paralelas como bike, musculação e natação melhoram o desempenho durante as corridas, justamente porque, além do estímulo muscular diferenciado, reduzimos o tempo de descanso entre um treino físico e outro, obrigando nosso sistema a se recuperar mais rapidamente e gerar energia com mais eficácia.
Agora, por favor, não saia correndo o dobro do que corria. Não mesmo! Geralmente, quando se faz mais de um treino ao dia, o volume neste e nos outros dias é fragmentado.
É preciso planejar os treinos para a semana toda, fazendo as adaptações necessárias e não esquecendo, de jeito nenhum, dos períodos de descanso mais longos, quando necessários.
Para se ter uma ideia, posso citar o que estou fazendo recentemente. Como uma preparação, passei a treinar dois dias seguidos e tendo na sequência um dia de descanso.
Depois de um tempo adaptado, resolvi escolher um ou dois dias na semana para fazer dois treinos, um de manhã e outro à noite, antecedendo o dia de descanso.
Nesses dias, em que antes eu faria algum treino de mais ou menos 15 km, comecei a fazer dois de 9 km; às vezes, um de 10 km pela manhã e outro de 6 km à noite, com ritmo mais forte. No começo, o treino noturno rendia menos, mas com o tempo fui me acostumando e hoje em dia é notável a melhora na resistência das pernas em treinos mais longos.
Enfim, existem diversas possibilidades e variações que podem ser aplicadas ao seu nível de corrida e aos seus objetivos.
Mas antes de sair experimentando novos treinos longos, é fundamental que conheça bem o seu corpo e, sempre que possível, converse com o seu treinador físico para planejarem juntos uma variação compatível com o seu volume de corridas, evitando lesões indesejáveis.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

3° Training Camp de Corrida de Montanha




Vem aí o 3° Training Camp de Corrida de Montanha, com um percurso de 6Km totalmente em trilhas e estradas em meio a mata. Este ano com uma novidade, o evento vai ser em prol da Casa Ronald SP. Ao invés de ter uma taxa de inscrição, a organização incentiva que os participantes façam uma doação a nossa Casa. Não tem nenhum valor fixo, a inscrição será a sua doação, o importante é ajudar. Se você gosta de correr, ficar no meio da natureza e ainda quer colaborar com uma boa causa, então você não pode perder este evento!

Para confirmar sua inscrição, envie o comprovante de doação para o WhatsApp (11)97466.4235.
O número de peito será trocado por um brinquedo novo ou usado em bom estado, no dia do evento.

Para fazer a sua contribuição você pode entrar em contato diretamente com a gente ou acessar nosso 


terça-feira, 15 de novembro de 2016

QUANTO UM ATLETA PRECISA CONSUMIR DE SAL?

Existe um consenso entre muitos nutricionistas esportivos e pesquisadores de que o atleta precisa repor o sal perdido por meio do suor para que seu desempenho não seja prejudicado durante a atividade física. Um novo estudo publicado no Jornal Internacional de Nutrição Esportiva e Metabolismo, contudo, acaba de contestar essa teoria.
Durante a transpiração, a pessoa perde sais minerais, chamados de eletrólitos, sendo o principal deles o sódio. Este sal tem um papel fundamental na performance, pois a deficiência dele pode levar à fraqueza, náusea, fadiga muscular e cãibras generalizadas. A reposição deve ser feita tanto durante como após o exercício.
Segundo os autores, a baixa ingestão de sódio não afeta o desempenho dos atletas. “Os únicos efeitos visíveis da dieta livre de sal adicionado são um suor menos salgado e a não ardência nos olhos quando este escorre no rosto”, disse um dos responsáveis pelo estudo. Nas pesquisas analisadas. não foram registradas queixas de cãibras ou sinais de hiponatremia, que é quando ocorre uma grande redução na concentração de sódio no sangue.
Os pesquisadores se perguntaram, então, se os níveis de sódio no suor não estariam, portanto, atrelados ao excesso de sal consumido na alimentação. Ou seja, quanto mais sal a pessoa consumir, mais ela vai eliminar na transpiração. Seguindo esse raciocínio, a perda de sódio seria, na opinião deles, mais um dos benefícios da prática da atividade física, que reduziria o risco de hipertensão e outros problemas de saúde relacionados à elevada ingestão de sal.
Ao revisar pesquisas anteriores, eles constataram que não havia provas contundentes que associasse a ingestão de sódio com uma melhora no desempenho de atletas. Não foi encontrado também nenhuma relação entre o consumo de sal e a hiponatremia. “A principal causa do problema é a ingestão excessiva de água, além de alguns outros fatores que podem contribuir”, afirmaram os autores.
Eles alertam, contudo, para o perigo de reduzir drasticamente o consumo de sal em um curto período de tempo, já que isso pode trazer consequências negativas para a saúde. “Mais pesquisas sobre este assunto precisam ser feitas”.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

TREINO EM JEJUM: EMAGRECE OU NÃO?


Apesar de não ser uma grande novidade para quem já trabalha com fisiologia humana aplicada ao exercício, nada melhor que mostrar, com base científica, como as coisas funcionam na prática. O estado de treinar em jejum promove um ambiente hormonal e enzimático muito propício para a maior mobilização, transporte e oxidação “queima” de gordura. Não temos dúvida sobre isso.
O estudo reuniu diversos trabalhos que testaram o exercício em estado de jejum e alimentado no processo de oxidação (quantidade de gordura usada) de gordura. Essa revisão conta com 71 artigos que estudaram o assunto.


Após criteriosa análise estatística dos resultados dos 71 artigos, se verificou que fazer exercício aeróbio no estado de jejum promove maior oxidação de gordura, aproximadamente 3g a mais em média quando comparado com quem faz o exercício alimentado.



Qual conclusão podemos ter sobre isso?


Claro que não podemos concluir que quem faz exercício em jejum vai emagrecer mais. Até porque a diferença na oxidação acaba sendo bem pequena. Em processos de emagrecimento o gasto calórico total é muito mais importante que qualquer fonte energética que está sendo mais ou menos usada. Sendo assim, esse artigo mostra que para estimular o metabolismo oxidativo, enzimática mitocondrial e a sua biogênese o exercício aeróbio em jejum pode ser uma alternativa de quebra de estímulo. Isso remete essa estratégia como sendo, possivelmente, aplicável para atletas de fisiculturismo que desejam ao máximo de desempenho estético e para quem visa melhorar o desempenho oxidativo para saúde e até mesmo como estratégia de periodização para adaptações metabólicas oxidativas.


Confira o artigo original completo, clicando em: 

https://www.researchgate.net/publication/307205162_EFFECTS_OF_AEROBIC_EXERCISE_PERFORMED_IN_FASTED_VERSUS_FED_STATE_ON_FAT_AND_CARBOHYDRATE_METABOLISM_IN_ADULTS_A_SYSTEMATIC_REVIEW_AND_META-ANALYSIS