terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A MANIA DAS DIETAS E A UTILIZAÇÃO DE SUPLEMENTOS NA PRÁTICA ESPORTIVA

Dietas com alto teor de proteínas


O notável interesse por dietas ricas em proteínas, entre os esportistas que precisam de muita força e resistência, deve-se a pesquisas que sugerem que as necessidades protéicas dos atletas podem ser um pouco mais altas do que os 0,8 gr de proteína por quilo de peso corporal, recomendados pelo RDA - Recommended Daily Allowance (consumo diário recomendado). Assim, o consumo de proteínas pela maioria dos atletas é tipicamente bem acima do recomendado e supre adequadamente as necessidades do organismo nos exercícios físicos e nos treinos (3), (4).
Um crescente número de evidências indicam que as necessidades protéicas, tanto para força, quanto para resistência física dos atletas, variam de 1,0 a 2,0 gr/Kg de peso corporal (6). Entretanto, as recomendações definitivas com relação ao consumo ideal não estão estabelecidas, necessitando, portanto, de maiores estudos científicos para que haja melhor compreensão a respeito das transformações metabólicas das proteínas induzidas pelos exercícios físicos. Muitos esportistas acreditam que a força e a resistência muscular podem ser adquiridas somente através do consumo de grandes quantidades de alimentos e suplementos protéicos. Um exame das publicações disponíveis sobre o condicionamento físico, em particular durante os periódicos sobre modelagem física, demonstra claramente a "promoção da proteína" que se faz, tanto entre atletas, quanto entre fabricantes de suplementos protéicos. Dietas ricas em proteínas, freqüentemente utilizadas pelos atletas que treinam com pesos, são tipicamente aterogênicas (promovem o endurecimento das artérias). Tais dietas são caracterizadas por altos teores de colesterol e de gorduras e por ingestão de carboidratos em quantidades relativamente baixas. O consumo de ovos, importante fonte de proteínas, em grande quantidade, também eleva as taxas de gordura e de colesterol no organismo. Embora um estudo com fisiculturistas, que ingeriram de 0 a 12 ovos diariamente, não tenha demonstrado relação entre o consumo de colesterol e os níveis dessa substância no sangue, esse tipo de dieta contraria as metas dietéticas amplamente aceitas para redução do risco de determinadas doenças degenerativas (por exemplo: doenças coronarianas) (7). Uma prática comum entre os atletas que tentam obter baixos teores de gordura corpórea é basear a dieta em grande quantidade de proteínas e baixa quantidade de gorduras, na crença de que apenas a gordura ingerida é convertida em gordura corporal. Esses atletas ingerem, freqüentemente, grandes quantidades de claras de ovos e alimentos com alto teor de carboidratos e baixo teor de gordura, como arroz e batatas, juntamente com suplementos protéicos. Tais hábitos representam risco potencial de uma nutrição inadequada, pois restringem o consumo a alguns alimentos e de grupos alimentares. Complementar a dieta protéica com bebidas, pós ou pílulas que contém proteínas e aminoácidos é comum no meio esportivo. O consumo dessas substâncias, dependendo da freqüência, pode acrescentar à dieta de um atleta desde doses mínimas, correspondentes a 1,0gr, até quantidades maiores, de 100 a 200gr por dia. A ingestão de proteínas duas ou três vezes acima do recomendado pelo RDA não demonstrou aumentar a resistência física ou a força muscular (6). Já que o excesso de proteínas e aminoácidos não pode ser armazenado, transforma-se em energia ou gordura e o nitrogênio é excretado através da urina.
A preocupação quanto ao consumo excessivo de proteínas tem também um aspecto econômico, já que menos de 500gr de muitos desses suprimentos tem um custo elevado. Além disso, muitos suplementos protéicos são derivados de fontes de baixa qualidade, e devem ser adicionados ao leite ou ingeridos com outros alimentos que contenham proteínas de alta qualidade para torna-los nutricionalmente completos. Os riscos à saúde que o consumo excessivo de proteínas representa não estão bem documentados.
Lutadores e outros atletas submetidos à restrição de líquidos podem sofrer de desidratação e aumento da perda de cálcio pela urina (8), quando ingerem proteínas em excesso. Suplementos de um tipo específico de aminoácido tomados em doses excessivas (5 a 20gr) podem alterar os padrões de aminoácidos do sangue e posteriormente afetar a disposição geral, ao alterar os níveis de neurotransmissores do cérebro.


Dietas com alto teor de carboidratos


Já há algum tempo, atletas têm sido sobrecarregados com "carbos", buscando melhor desempenho. Os que praticam esportes de resistência estão completamente cientes da importância dos carboidratos durante exercícios prolongados (4). E mais, embora o papel do carboidrato seja bem conhecido, muitos atletas não estão conseguindo incorporar a quantidade adequada de carboidratos em suas dietas diárias (10), (11).
Fartas reservas iniciais de glicogênio nos músculos são essenciais para o desempenho ideal em exercícios prolongados, com duração de mais de uma hora. Assim, dietas para períodos de treino, que forneçam um mínimo de 55 a 65% das calorias provenientes de carboidratos (450 a 600gr de carboidratos por dia), são cruciais para exercícios prolongados (12). Entretanto, estudos que avaliam práticas dietéticas entre diferentes grupos de atletas que praticam exercícios de resistência revelam um consumo inadequado de carboidratos (10), (11). Por exemplo, corredores de distância, do sexo masculino, que participaram de uma ultra maratona de 500 km, com duração de 20 dias, apresentaram um consumo calórico diário de 49% de carboidratos e 15% de álcool. Esse estudo, assim como outras pesquisas, revelam que muitos grupos de atletas necessitam de uma orientação adequada para aumentar a ingestão de carboidratos.
Tipicamente, os atletas seguem um dos seguintes regimes à base de carboidratos:
• A técnica clássica;
• O esquema modificado;
• Uma variação própria (4), (12).
No decorrer do regime com esquema modificado, os atletas consomem uma dieta mista, no período de 3 a 6 dias antes da competição e de treino leve e em seguida,é proposta uma dieta mais rica em carboidratos nos dias imediatamente anteriores à competição. Esse procedimento é menos drástico e resulta num armazenamento de glicogênio, comparável ao que se obtém com o método clássico. Este envolve a prática de exercícios exaustivos e dieta com baixos teores de carboidratos. Dessa forma, o regime modificado é mais proveitoso do que o método clássico para o treinamento e praticado com mais freqüência por alguns atletas de esportes de resistência (4). Os atletas usam dietas ricas em carboidratos com outros propósitos, além do de melhorar sua capacidade de resistência. Jogadores de futebol, por exemplo, usam alimentos com alto teor de carboidratos para ganhar peso (13). Fisiculturistas também seguem uma variação da dieta à base de carboidratos, durante alguns dias que antecedem a competição, com a finalidade de dar maior volume e definição aos músculos (14). Fundamentando essa prática, está a teoria de que o glicogênio é armazenado no músculo juntamente com a água, o que pode causar um certo ganho de peso e sensação de firmeza e definição muscular (12). Esses atletas sentem que "carboidratar" antes da competição proporciona-lhes uma vantagem competitiva em relação aos outros participantes que não seguem tal procedimento.


Dietas Vegetarianas


Muitos atletas, principalmente aqueles interessados no consumo de carboidratos, estão adotando dietas vegetarianas. Além do fato de a alimentação à base animal ser pobre em carboidratos, alguns atletas percebem não cientificamente que certos produtos animais, tais como o leite e a carne vermelha, prejudicam seu desempenho. Por exemplo, o leite é considerado a causa do efeito "boca-seca". As dietas vegetarianas variam entre a complexa exclusão de carnes, peixes, aves, ovos e laticínios e o consumo "ocasional" de carnes e outros grupos de produtos animais. A Tabela 1 é um sumário das várias dietas vegetarianas.
Recentemente, muitos atletas, principalmente os que se dedicam aos esportes de resistência, vêm adotando uma alimentação semi-vegetariana, caracterizada pelo uso ilimitado de produtos animais e pela ênfase ao consumo de alimentos não refinados. Os atletas adeptos de dietas vegetarianas conseguem obter sucesso em treinos e competições. Uma dieta baseada em fontes vegetais de proteína, da mesma forma que a dieta que inclui carne, pode fornecer aos atletas o mesmo alto teor de carboidratos necessário para suportar, de forma adequada, a prática de exercícios pesados e prolongados. Embora não tenham demonstrado, ao intensificar o desempenho físico, as dietas vegetarianas de baixas calorias podem diminuir o risco de obesidade, certos tipos de câncer e outras doenças crônicas (18).
Os atletas podem facilmente suprir suas necessidades nutricionais com uma dieta vegetariana, particularmente com uma dieta semi-vegetariana. Entretanto, a adequação nutricional da alimentação vegetariana estrita e suas formas mais restritivas pode constituir um grande problema para o atleta. Energia, proteínas e certas vitaminas e minerais podem estar limitadas nesse tipo de dieta. É da maior importância descobrir como satisfazer a grande demanda de energia através de dietas vegetarianas volumosas e pobres em calorias. Aqueles que necessitam de 3.000 a 5.000 calorias por dia podem encontrar dificuldades em comer com a freqüência necessária para manter o equilíbrio de energia. O consumo de proteínas entre os adeptos da dieta lacto-ovo (incluindo leite e ovos) ou semi-vegetariana seria mais adequado, devido à qualidade altamente nutricional das proteínas animais. Entretanto, a obtenção das proteínas necessárias pode representar uma dificuldade em dietas vegetarianas estritas. As proteínas vegetais são "incompletas" porque lhes falta um ou mais aminoácidos essenciais à nutrição. Para superar essa limitação é necessário que certas proteínas vegetais sejam complementadas com outras, para melhorar sua configuração de aminoácidos. Exemplos de complementação de proteína vegetal estão demonstrados na Tabela 2. A ingestão desses alimentos deverá ser feita juntamente com a refeição ou com pouca diferença de tempo entre elas para se atingir um nível ideal de nutrição. Restringir o consumo de produtos animais limita a ingestão de vitamina B12, que não é encontrada em vegetais. Vegetarianos estritos necessitam de uma fonte suplementar dessa vitamina, tal como o leite de soja fortificado com vitamina B12. Além disso, não comer produtos derivados do leite limita a ingestão de riboflavina e cálcio. Fontes alternativas desses nutrientes (vegetais de folhas verdes, tofu e leite de soja fortificado) contribuem para melhorar os níveis de vitamina B12.
As dietas vegetarianas típicas têm demonstrado efeito negativo sobre os níveis de ferro em atletas do sexo feminino (19). O teor de ferro e sua absorção pelo corpo têm se revelado em níveis mais baixos em dietas vegetarianas, quando comparados com dietas que permitem quantidades moderadas de carne. A carne animal representa uma boa fonte de ferro facilmente absorvível em oposição às fontes vegetais. Além disso, a ingestão de grandes quantidades de fibras, comum em dietas vegetarianas, pode bloquear a absorção de ferro e outros minerais quando a ingestão desses elementos é baixa (20). Os efeitos a longo prazo da alimentação vegetariana nos atletas ainda não foram avaliados. Entretanto, dietas vegetarianas mal planejadas têm sido relacionadas à irregularidades no ciclo menstrual, perda de minerais nos ossos (21) e doenças digestivas (22). Contudo, os atletas podem conseguir bom desempenho, ao adotarem dietas vegetarianas devidamente planejadas.

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Plataformas vibratórias são ineficientes para mulheres com osteoporose. Atividades físicas como caminhada, corrida e exercícios de musculação continuam sendo comprovadamente eficientes.

Acaba de ser publicado na revista médica Annals of Internal Medicine um trabalho que define como ineficientes as plataformas vibratórias como forma de melhorar a massa óssea de mulheres com osteopenia. O dispositivo lembra uma balança, dessas que geralmente temos em casa, com as quais nos pesamos diariamente. A idéia inicial era de que ao nos posicionarmos durante 20 minutos diários em cima de uma delas, a vibração causaria mobilização do mecanismo ósseo que levaria a formação de novas células de osso novo, onde seria posteriormente depositado o cálcio, mineral responsável pela resistência do nosso esqueleto.



A pesquisa avaliou 202 mulheres na menopausa, todas com osteopenia e em uso de suplementos de cálcio e vitamina D. Ao final de 12 meses de uso das tais plataformas, não houve diferença entre as mulheres submetidas ou não às sessões de vibração. Esses resultados demonstraram, conclusivamente, a impossibilidade de mais essa opção terapêutica para o difícil tratamento da perda de massa óssea.

Osteopenia e osteoporose são termos que vem se tornando muito conhecidos, principalmente entre o público feminino, devido à grande freqüência dessas alterações por volta da menopausa. Trata-se de ossos frágeis e propensos a fraturas. Os mecanismos conhecidos como “turnover ósseo” ou seja, a reabsorção de osso velho e a formação de osso novo sofre desaceleração e o resultado final é um menor aporte de cálcio nos ossos, com desarranjo da microarquitetura óssea, fragilidade e propensão a fraturas.

Devido às dificuldades no tratamento da osteoporose, o melhor que temos a fazer é prevenir. Para isso, as recomendações são de dieta rica em cálcio, produção adequada de vitamina D através da exposição segura aos raios solares e atividade física que predispõe à melhora do “turnover” ósseo e acelera formação óssea.

Quando não há mais como prevenir e a perda do cálcio alcança os níveis de osteoporose, nós precisamos lançar mão de todas essas recomendações, aliadas à suplementação de cálcio e vitamina D, além dos medicamentos anti reabsortivos. O tratamento é prolongado, oneroso e muitas vezes sujeito a efeitos colaterais que inviabilizam sua manutenção a longo prazo, como seria necessário.

Ao contrário das plataformas vibratórias, as atividades físicas em que pisamos no chão, caminhando ou correndo, assim como os exercícios de musculação, já foram exaustivamente comprovadas como eficientes na prevenção e no tratamento da osteoporose. Aliás, foi daí que surgiu a frustrada idéia de que poderíamos alcançar o mesmo efeito com a passiva utilização das plataformas.
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Carboidrato é indispensável para a prática de exercícios. Treinar de estômago vazio, além de não ajudar a emagrecer pode prejudicar o desempenho físico

Para quem faz atividade física regularmente o carboidrato é o nutriente mais importante na alimentação. Isso porque esse nutriente será responsável em maximizar seus estoques de energia, que será usada durante o exercício e também terá papel fundamental no período de recuperação pós-exercício.


Vários estudos na literatura sugerem que um adequado aporte de carboidrato na alimentação melhora o desempenho durante o exercício, ao passo que uma inadequada ingestão desse nutriente pode acarretar em cansaço e fadiga. Isso acontece porque os estoques desse nutriente no nosso organismo são bastante limitados – ao contrário dos estoques de gordura. Só para ter uma idéia, se o carboidrato fosse a única fonte de energia do nosso organismo, uma atividade moderada de 90 minutos seria capaz de acabar com seus estoques.

Quantidade ideal

Para um indivíduo sedentário é recomendado seguir uma alimentação que forneça pelo menos 50-55% do total calórico ingerido em carboidratos. Porém, para quem pratica atividade física ou é atleta essa quantidade deve ser maior e vai variar de acordo com o tipo, frequência e intensidade dos treinos. Para uma melhor avaliação do aporte de carboidrato recomendado para a sua situação, o mais indicado é consultar um nutricionista.

Quais alimentos consumir?

Arroz, batata, massas em geral, mandioca, pães, bolachas, aveia, granola, cereais matinais, barras de cereais, frutas, legumes são excelentes fontes de carboidrato. Vale a pena lembrar que além do carboidrato, esses alimentos também fornecem outros nutrientes ao organismo, como vitaminas do complexo B, vitamina C e vitamina A. No entanto, ao consumir arroz, pães e bolachas dê preferência às versões integrais, que acrescentam maior quantidade de fibras à alimentação.



Por Isabela Pimentel
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Beber bastante água faz mesmo bem à saúde. Pesquisa comprova: um aumento moderado de ingestão de líquidos pode realmente proteger os rins

O antigo adágio que recomenda beber oito copos de água por dia para garantir a saúde do organismo é considerado um mito por muitos.

Porém, pesquisas realizadas ao longo dos últimos anos sugerem que beber mais água ajuda mesmo a limpar os rins de sódio, ureia e diversas toxinas do corpo. No ano passado, dois grandes estudos encontraram um menor risco de problemas renais em longo prazo entre as pessoas que bebem mais água e outros líquidos diariamente.


Em um relatório publicado na revista Nephrology de março, pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, e de outras instituições acompanharam mais de 2.400 pessoas com mais de 50 anos. Aquelas que bebiam mais líquidos – cerca de três litros por dia – demonstraram ter um ''risco significativamente mais baixo’' de doença renal crônica do que aquelas que bebiam menos.

Num outro estudo, publicado no mês passado no The Clinical Journal of the American Society of Nephrology, cientistas canadenses acompanharam 2.148 homens e mulheres saudáveis, com idade média de 46 anos, durante sete anos. Eles observaram os marcadores da função e da saúde renal e utilizaram o volume de urina para determinar a quantidade de líquidos que essas pessoas bebiam diariamente. Após controlar fatores como o diabetes, o fumo, consumo de medicamentos e outros, eles descobriram que as que tinham maior volume de urina – em outras palavras, as que beberam mais líquidos – eram menos suscetíveis ao declínio da função renal.

De acordo com os autores, os resultados não incentivam a ingestão de ''quantidades abusivas de líquidos’', que podem causar efeitos colaterais graves. Mas fornecem evidências de que aumentar moderadamente a ingestão de líquidos, para mais de dois litros por dia, ''pode de fato trazer benefícios ao rim’'.

''Acredite você ou não, agora parecer haver provas de que o 'mito’ segundo o qual beber oito copos grandes de líquido por dia faz bem aos rins se sustenta’', disse William Clark, um dos autores do estudo e nefrologista no Centro de Ciências da Saúde de London, em Ontário.
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sábado, 26 de novembro de 2011

Andar de bicicleta alivia o estresse e fortalece músculos e articulações. Além de ser vantajosa para o meio ambiente, prática faz bem para a saúde. Especialistas dão dicas para pedalar de maneira segura e saudável.

Tirar a bicicleta do fundo da garagem pode ser uma boa ideia para a saúde. Além de ser uma prática vantajosa para o meio ambiente, pedalar melhora o sistema cardiorrespiratório, alivia o estresse mental, queima calorias e fortalece os músculos e as articulações.



O ciclista consegue trabalhar no mesmo exercício musculaturas diferentes: quadríceps, musculatura posterior da coxa, panturrilha, glúteos, musculatura abdominal e extensores da coluna. Até os músculos do ombro, braço e antebraço são desenvolvidos no ciclismo.

Mas pedalar requer atenção e cuidados. Uma bicicleta mal ajustada ou um erro de postura pode causar sobrecarga mecânica e conseqüentemente provocar dores na coluna lombar, cervical, joelhos, tornozelos e pés, além de formigamento nas mãos.

O preparador físico José Rubens D’Elia sugere que o ciclista se sinta confortável e não precise forçar a coluna durante a pedalada.

Segundo o ortopedista Ivan Rocha, para saber se o selim está ajustado corretamente, o cano da bicicleta deve estar de 10 a 13 centímetros à mostra. O ideal é que o selim esteja na horizontal, apesar de alguns ciclistas preferirem inclinar levemente a parte de trás para evitar dormência na virilha. O importante é que o quadril não oscile durante a pedalada.

É importante lembrar que o guidão em “U” só é indicado para profissionais em corridas especiais e não deve ser usado no dia-a-dia porque pode prejudicar a dirigibilidade e a postura.

A postura, aliás, é um fator que merece atenção na hora de pedalar. De maneira geral, a coluna lombar deve ficar em um ângulo de 30 a 40 graus com um bom apoio das mãos. Se tiver encurvada demais, pode gerar dor nos ombros.

Kit Básico do Ciclista



Garrafa de água: garante a hidratação durante a atividade, repondo o líquido perdido pelo suor
Capacete: cores claras são mais indicadas e devem se ajustar bem à cabeça
Protetor solar: use o produto no rosto e nas demais partes do corpo expostas ao sol
Silicone protetor: proteja a região perineal de traumas repetitivos
Luvas: protegem as mãos em casos de queda e devem ter acolchoamento no centro da mão
Óculos: protege a visão e evita a cegueira instantânea no caso de olhar para o sol


No caso de pedalar à noite, o ciclista deve usar roupas claras e reluzentes, além de ter uma luz traseira conectada à bicicleta ou cinto, para que seja visto à distância.

Os obstáculos nas ruas também são perigosos, então é preciso ficar atento a tampas de bueiros, óleo, areia e pedras na pista, além de outros ciclistas que possam aparecer.

Para não desviar a atenção, o ideal é não utilizar fones de ouvido que podem bloquear sons que precisam ser ouvidos para dirigir defensivamente.

Se a intenção da prática é queimar mais calorias, o ciclista deve optar pela marcha lenta e pedaladas mais rápidas para não sobrecarregar os joelhos. Para exercitar os músculos, as mãos e o corpo devem ser deslocados com frequência para modificar a angulação das costas, pescoço e braços.

Vale lembrar que a bicicleta é um veículo, portanto, é essencial conhecer todos os sinais de trânsito. O uso da ciclovia ou ciclofaixa é obrigatório: quando elas não existirem, pode-se usar o acostamento ou a faixa de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via. Para um bom relacionamento com os motoristas, o ciclista pode utilizar sinais de mão para alertar sobre mudanças de direção que pretende fazer.

Caso a pedalada na rua não seja possível, transformar a bicicleta em uma bicicleta ergométrica é uma opção. Um aparelho conhecido como "rolo de treino" ou "rolo de apoio", colocado na roda traseira, pode ajudar o ciclista a subir na bicicleta e pedalar sem sair do lugar. A vantagem é que essa ferramenta custa de R$ 400 a R$ 800, enquanto uma bicicleta ergométrica custa em média R$ 1.500 - praticamente três vezes mais cara. Ou seja, por um terço do preço, é possível fazer uma adaptação que permite pedalar em dias de chuva, sem pegar trânsito e longe da poluição.

É fundamental que o ciclista faça uma revisão periódica na bicicleta: verifique os freios e a calibragem dos pneus; observe e corrija, se necessário, folgas das partes móveis como a roda, caixa de direção e pedais.
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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Jejum prolongado é inimigo do metabolismo. Entenda por que, quando passa fome, você demora ainda mais para emagrecer.

Seu corpo precisa e você adora. Uma boa refeição é fonte não só de nutrientes valiosos para o bom funcionamento do organismo, como de momentos de muito prazer. O risco está em transformar essas ocasiões em válvulas de escape para a ansiedade e a tristeza, num ciclo para lá de venenoso e que termina em culpa. "Para se punir contra os excessos, muita gente acaba passando horas em jejum, atitude que afeta as habilidades motoras e cognitivas e não leva a um processo de emagrecimento saudável", afirma a endocrinologista e nutróloga Ellen Simone Paiva, do Citen. Os prejuízos para a saúde são muitos quando você fica muito tempo sem comer - dependendo do caso, até piores do que os riscos em se afogar no excesso de calorias. Acompanhe a seguir o que acontece no seu corpo quando falta combustível para ele funcionar.



Metabolismo
O jejum prolongado obriga o corpo a trabalhar em marcha lenta, diminuindo o ritmo de todas as funções com o objetivo de economizar energia. "Com essa queda do metabolismo, é possível engordar até comendo menos, pois o corpo entende que há necessidade de formar uma reserva energética", afirma o fisiologista Raul Santos de Oliveira, do Centro de Estudos da Medicina da Atividade Física e do Esporte (CEMAFE). Para reverter a situação, a melhor saída é cultivar uma dieta balanceada, com refeições a cada três horas, aliada à prática regular de exercícios físicos.

Cérebro
O sistema nervoso depende de glicose para funcionar. Por isso, a hipoglicemia, diminuição do nível de glicose no sangue, afeta a capacidade de raciocínio e concentração, atrapalhando o rendimento no trabalho e nos estudos. "O único momento em que o corpo tolera um jejum de oito ou dez horas, sem prejuízo ao metabolismo, é quando você dorme e há redução na energia gasta", diz Ellen. Nos demais casos, a falta de glicose causa diversos efeitos colaterais, como tontura, confusão mental e até mau hálito.

Funcionamento das células
Segundo a endocrinologista Ellen, para se manterem ativas no período de jejum, as células começam a buscar alternativas à glicose. Essa queima gera corpos chamados cetônicos, responsáveis por causar dores musculares, dificuldade de concentração e o hálito característico de quem fica muito tempo sem comer. Por isso, como as células trabalham 24 horas por dia, é recomendável ingerir seis pequenas porções de alimentos em intervalos de três horas. "O hábito também preserva a saciedade, impedindo exageros em uma única refeição".

Hormônios
A produção de hormônios também requer energia. Assim, quando passa muito tempo em jejum, seu corpo faz uso dos hormônios já existentes no organismo, mas logo fica carente dessas substâncias - e isso afeta até a transmissão de mensagens pelo cérebro. Os hormônios mais susceptíveis aos efeitos do jejum são os que regulam o ciclo menstrual da mulher e, em longo prazo, essa escassez pode levar à suspensão da menstruação.

Humor
Diversos estudos já comprovaram que certos alimentos são capazes de amenizar os sintomas da depressão, da TPM e até da menopausa. Mais do que isso: pessoas muito estressadas demonstraram altos níveis do hormônio cortisol, responsável pela quebra de proteínas, processo especialmente requisitado quando o corpo já não consegue obter energia por meio de carboidratos. Por isso é bastante comum algumas pessoas ficarem mal-humoradas ou irritadas perto do momento da refeição. Para evitar situações como essa, recomenda-se sempre levar uma fruta ou barrinha de cereais na bolsa.

Músculos


A massa muscular armazena glicose sob a forma de glicogênio, em concentrações pequenas, para servirem como alternativa durante o jejum. "Mas, aos poucos, o organismo começa a queimar reservas musculares para produzir energia e há redução da massa magra do corpo, com diminuição da força muscular", afirma a médica. Cãibras e dores pelo corpo. São sintomas comuns.

Coração
"O maior risco cardiológico no jejum prolongado são as alterações eletrolíticas no organismo. A baixa do potássio, que causa arritmias cardíacas, é a mais perigosa delas", afirma Ellen Paiva. Da mesma maneira, caem a pressão sanguínea e a frequência respiratória.

Por Laura Tavares
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Luz aplicada durante exercício físico reduz celulite.Aparelho desenvolvido por pesquisadores da USP e da Universidade Federal de São Carlos.

Um aparelho desenvolvido por pesquisadores da USP e da Universidade Federal de São Carlos usa radiação infravermelha para turbinar os benefícios dos exercícios físicos à saúde. E com um efeito que deve interessar às mulheres: menos celulite.

A invenção consiste de duas placas contendo vários arranjos de LED (pequenas luzes). Elas são instaladas em uma esteira comum de academia, uma de cada lado, mais ou menos à altura dos glúteos.

Embora não seja perceptível a olho nu, essa radiação é absorvida pela pele e inicia uma série de reações químicas no organismo.

A radiação infravermelha acelera o transporte de elétrons na mitocôndria (uma estrutura que fica dentro das células) e a síntese de ATP, molécula que é uma espécie de combustível que dá energia ao organismo.

O uso de ATP, no entanto, gera um subproduto indesejado: os ácidos lácticos, que dão sensação de dor. O infravermelho diminui o acúmulo dessa substância e, por isso, tem uma ação anti-inflamatória e analgésica no organismo.

"A pessoa consegue se exercitar com mais qualidade", diz Fernanda Rossi Paolillo, doutora em bioquímica e uma das criadoras da técnica. O infravermelho ajuda ainda na regeneração de tecidos, como pele, músculos, ossos e nervos.

"Esse uso já é conhecido. Mas, em geral, o infravermelho é sempre usado em repouso. Como em clínicas de estética, por exemplo. Nosso diferencial foi aplicá-lo durante o exercício. O infravermelho associado ao movimento teve muito mais efeito", completa Paolillo.

Resultados

O estudo, feito durante um ano com voluntárias pós-menopausa, indicou que as mulheres que se exercitaram com o aparelho tiveram melhora significativa.

As mulheres faziam duas sessões de exercícios por semana, cada uma com 45 minutos de duração. Além de terem menor perda de massa óssea --um dos efeitos da menopausa--, elas também tiveram redução do colesterol ruim até 20% maior do que as mulheres no grupo-controle.

O exercício "turbinado" com o infravermelho também acelerou o fluxo de oxigênio e de sangue, melhorando um problema que é mais estético do que de saúde: a celulite.

O infravermelho combinado ao exercício diminui a retenção de líquido e melhora a circulação na região das pernas e do bumbum, ajudando, e muito, a reduzir os furinhos. Os melhores resultados foram nos casos de celulite mais visível. Para Roberto Mattos, coordenador do departamento de laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a técnica, apesar de correta na teoria, ainda precisa ser comprovada por estudos maiores.

"Diferentes aparelhos que emitem luz têm boa influência sobre a celulite. O exercício por si só ajuda. Então, em conjunto, há boas chances de que a dupla funcione bem."
Por Giuliana Miranda

domingo, 6 de novembro de 2011

A importância do treino intervalado para melhora da composição corporal e redução de peso.


O estudo de revisão bibliográfica, permiti-nos constatar que o treinamento intervalado de alta intensidade tem se mostrado mais eficaz no sentido de promover maior gasto calórico em sessões isoladas de treino, o que pode contribuir mais decisivamente para a redução do peso corporal e para alterações esteticamente viáveis na composição corporal, além da vantagem de quebrar a monotonia de um trabalho aeróbico contínuo e, conseqüentemente, poder ser usado como uma boa estratégia para adesão a programas de exercícios físicos. Além disso, o treinamento intervalado, de intensidade leve a moderada, pode também se constituir num método de treinamento indicado para iniciantes, principalmente cardiopatas, devido à possibilidade de se realizar um volume total de exercício maior do que o treino contínuo, uma vez que os intervalos de recuperação contribuem para menor fadiga muscular. Os aspectos observados nesse contexto abrem perspectiva para novos estudos na área.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Execício e Sono


O exercício tornou-se uma unanimidade na promoção da saúde e melhora da qualidade de vida, diminuindo os riscos de desenvolvimento de doenças crônicas e atuando como fator-chave para aumentar a longevidade. Em contrapartida, a perturbação do ciclo sono-vigília resulta em significativos danos à saúde e ao bem-estar, representando nos casos mais graves risco de morte. Em vista da suas conseqüências e incidência, os distúrbios do ciclo sonovigília são considerados um problema de saúde pública. Investigações sobre os efeitos do exercício físico no padrão de sono tiveram inicio há mais de 30 anos. Heinzelmann e Bagley estudaram a capacidade de um programa de atividade física na promoção de comportamentos saudáveis. O treinamento teve duração de 18 meses, dividida em três sessões semanais de uma hora; os participantes relataram menor necessidade de sono, assim como um sono mais relaxado e restaurador. As causas mais comuns de prejuízo do sono são a restrição e a sua fragmentação. A restrição do sono pode ser resultado da demanda de trabalho ou escola, responsabilidade familiar, uso de medicamentos, fatores pessoais e estilos de vida. A fragmentação resulta em um sono de quantidade e qualidade inadequadas, sendo conseqüência de condições médicas e/ou fatores ambientais que o interrompem.

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fadiga Crônica: é possível vencê-la


Muito cansaço logo pela manhã ao sair da cama, insônia, dores intensas, desânimo, desmotivação para as atividades que antes eram prazerosas, humor instável, tristeza profunda, dificuldade de concentração, infecções recorrentes, ansiedade, baixa imunidade e distúrbios gastrointestinais. Tais sintomas, entre outros, quando não associados a doenças conhecidas podem caracterizar um quadro de Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), mal cuja causa e tratamentos específicos ainda estão sendo estudados pela ciência, mas que afeta atualmente milhares de pessoas no mundo todo.

O que se sabe, com certeza, é que a SFC afeta a participação do indivíduo na realização de suas atividades rotineiras, como trabalho, estudos, relacionamentos afetivos e sociais, além de reduzir sua capacidade física e mental.

Elaborado pela inglesa Kristina Downing-Orr, psicóloga clínica, pesquisadora, escritora, profissional de programação neurolinguística, hipnoterapeuta e ex-portadora de SFC, e lançado recentemente no Brasil pela editora Summus Editorial, o livro “Vencendo a Fadiga Crônica” é dedicado a pacientes e também a profissionais que desejam conhecer a síndrome.

Após passar por vários médicos, a autora se uniu com colegas da área da saúde para estudar a doença a fundo. Tal estudo resultou no livro que apresenta a doença, conta a luta de Kristina para vencer a doença e apresenta as possíveis formas de tratamento.

Embora não haja uma causa estabelecida para a SFC, o médico fisiatra do Centro de Reabilitação Sorri Bauru, Márcio Miranda Batista, explica que alguns fatores, como a predisposição genética, viroses, a exposição do indivíduo a substâncias tóxicas, o estresse e outros fatores ambientais, são estudados e podem ser responsáveis pelo surgimento ou agravamento da síndrome.


Cansaço excessivo


Antes de diagnosticar a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), é preciso excluir uma série de doenças que podem ter o cansaço excessivo como um dos principais sintomas.

De acordo com o fisiatra, a fadiga é uma queixa bastante inespecífica e pode aparecer em muitas doenças. “Diante dos sintomas trazidos pelo paciente, o mais importante a ser feito inicialmente pelo médico é excluir outras causas por meio da história clínica, exame físico e exames de laboratório”.

Doenças neuromusculares, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, hematológicas, diabetes, obesidade, tumores malignos, intoxicações e depressão são alguns males que têm a fadiga como um dos sintomas. “Quando não constatada nenhuma dessas doenças, e levando-se em conta a queixa trazida pelo paciente, a Síndrome de Fadiga Crônica pode ser considerada, contudo, não há um exame que confirme tal diagnóstico”, pontua.

Tratamento

Sendo a causa desconhecida, não há um tratamento específico para a fadiga crônica. Entretanto, Batista esclarece que o tratamento deve ser direcionado para alívio dos sintomas e para a melhora da capacidade funcional, minimizando as restrições de participação em atividades profissionais, sociais, pessoais e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida do paciente.

“Pode existir a necessidade de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e até antidepressivos. A atividade física oferece inúmeros benefícios para a saúde do ser humano e aumenta a tolerância à fadiga, além de promover relaxamento e bem estar. Portanto, mais uma aliada no combate à SFC”.

Para Batista, um paciente com tal doença deve realizar exercícios aeróbicos, como caminhada ou bicicleta, além de alongamentos e exercícios para mobilidade de todos os segmentos corporais. Contudo, os doentes devem ser orientados quanto a postura para realizar as atividades e como economizar gasto energético.

A atividade física deve ser regular e não provocar exaustão, tendo em vista que a pessoa deve estar bem recuperada em, no máximo, 24 horas. A supervisão e orientação de um fisioterapeuta ou educador físico são fundamentais.

Alimentação auxilia no tratamento dos sintomas

O pouco conhecimento comprovado sobre a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) ainda compromete a existência específica do seu tratamento. De tal forma, o objetivo de especialistas é amenizar os sintomas da doença, como as dores intensas, cansaço e desânimo constantes. Para tanto, a prática de exercícios físicos regulares, o uso moderado de álcool e alimentação equilibrada são as apostas de especialista.

Embora a literatura não comprove a atuação eficaz de alimentos no tratamento da fadiga crônica, médicos e nutricionistas orientam a manter horários fixos de alimentação - comer a cada três horas -, consumir entre 6 e 9 porções de frutas e/ou legumes por dia. Também é indicado comer carnes magras e reduzir o consumo de sal e alimentos industrializados durante o tratamento.

De acordo com Vânia Lamônica, coordenadora do curso de nutrição da Universidade Paulista (Unip) de Bauru e coordenadora do curso de pós-graduação em gestão de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN)do Senac/Bauru, alguns nutrientes são relacionados com a produção de energia e a capacidade imunológica, o que pode auxiliar no combate a SFC. “Entre eles citamos os carboidratos complexos, vitaminas do complexo B e vitaminas C e E, minerais como zinco, ferro e magnésio, e ácidos graxos Ômega 3”.

Segundo a nutricionista, tais elementos regulam a produção de energia nas células, melhoram a eficiência da contração muscular e a capacidade cognitiva, o que auxilia no combate aos radicais livres e regulariza as células de defesa do organismo. “Portanto, são úteis no tratamento dos sintomas da SFC”.

No prato

Boas fontes dos nutrientes citados por Lamônica são os cereais integrais como o arroz, farinha de trigo, aveia e quinoa, alimentos ricos em nutrientes energéticos e fontes dos minerais zinco e manganês. Já as vísceras, fígado, gema de ovo, folhas verdes, feijões, leite e seus derivados e o levedo de cerveja, entre outros, garantem os minerais e as vitaminas do complexo B.

“Frutas frescas fornecem a vitamina C, por isso acerola, kiwi, tomate e laranja são alguns exemplos de frutas recomendadas. Amendoim, nozes, castanha do Pará e demais oleaginosas são ricas em vitamina E e minerais. E para garantir o Ômega 3, azeite de oliva extra-virgem, linhaça e peixes de água fria, como a sardinha e o salmão, não podem ficar fora da dieta”, garante a nutricionista.

Mudança de atitude

Por não ter ânimo nem ao menos para realizar as tarefas mais básicas do cotidiano, o indivíduo com a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) vê sua autoestima e vontade de viver despencar. E para vencer esse mal ainda pouco conhecido pela medicina, a mudança de atitude é aliada fundamental, principalmente na busca pelo equilíbrio emocional que controla o estresse.

Tal transtorno compromete o bem-estar, a produtividade e os relacionamentos das pessoas. Nesse quadro, a psicoterapia é usada como recurso para ajudar no entendimento e na solução”, aponta a especialista em psicologia clínica Maria Celina Nicoletti.

Em primeiro lugar, Nicoletti salienta a importância da mudança de atitude diante da vida e dos relacionamentos. Em uma sociedade competitiva, aprender a aceitar os próprios limites e erros como possibilidades de novos aprendizados, ao invés de encará-los como fracassos, é primordial. “Tais atitudes evitam o estresse, porta de entrada para o transtorno da fadiga crônica”.

Cultivar a espiritualidade, praticar a meditação, ter relações interpessoais mais afetivas e não se privar de sentir amor, compaixão, ódio, ciúme, e outros sentimos que fazem parte da natureza humana também ajudam o paciente.

Praticar atividades prazerosas e seguras, como o próprio trabalho deve ser, e valorizar os momentos de lazer são atitudes positivas que, segundo a psicóloga, não podem ser deixadas em segundo plano.

sábado, 22 de outubro de 2011

Influência da Atividade Física programada na pressão arterial de idosos hipertensos

Influência da Atividade Física programada na pressão arterial de idosos hipertensos
Estudo avalia influência da atividade física na pressão arterial de pacientes idosos hipertensos sob tratamento não farmacológico (TNF).

Estudo avalia a influência da atividade física na pressão arterial de pacientes idosos hipertensos sob tratamento nãofarmacológico (TNF). Estudamos homens e mulheres, maiores de 60 anos, com hipertensão arterial estágio I, sem uso de antihipertensivos. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: GRUPO CONTROLE (GC) – orientados para TNF; e GRUPO ESTUDO (GE) – TNF e programa de atividade física supervisionada que consistia de três sessões semanais com uma hora cada. A duração do estudo foi de 6 meses com avaliações na inclusão no estudo (V1) e a cada três meses (V2 e V3). Toda a amostra foi submetida à avaliação clínica, eletrocardiograma (ECG), teste ergométrico, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e ecodopplercardiograma. Utilizamos o teste de Friedman para análise evolutiva das médias intragrupo e teste T de Student para comparação de dados independentes entre os grupos. Foram randomizados 24 pacientes no GE (Cinco homens) e 21 no GC (Quatro homens), destes 22 completaram os seis meses de seguimento no GE e 13 no GC. Os valores médios da pressão sistólica encontrados na MAPA em V1, V2 e V3 no GC foram de 134,2±14,5; 136,1±9 e 143,7±13,9mmHg respectivamente e no GE 135,6±11,4; 138,7 ±12,2 e 133,9±8,5mmHg. Os valores médios da pressão diastólica no GC foram 78,7±5,82; 82,3±6,2 e 83,3±9,2mmHg e no GE 80,1±6,8; 81±6,6 e 80,8±7,3mmHg. A atividade física supervisionada foi mais eficiente em manter o controle da pressão arterial em idosos com hipertensão estágio I (GE) quando comparada ao grupo controle.

Fonte: clique aqui

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Cãibras.

Especialistas orientam formas para se evitar o problema, que pode estar relacionado a má alimentação, desidratação e preparação física inadequada.

No meio do treino ou da prova, surgem contrações num determinado músculo, que causam fortes dores obrigando o corredor a interromper a atividade física. As cãibras são muito comuns para quem pratica esportes e podem ocorrer devido a diversos fatores: má alimentação, desidratação, preparação física inadequada, problemas de circulação e por aí vai. Embora não se caracterize necessariamente como uma lesão, o problema é um incômodo e tanto para quem gosta de se exercitar.

- A cãibra é um espasmo muscular involuntário, onde o músculo se contrai e não consegue relaxar sozinho. Baixa de cálcio e potássio na circulação, desidratação e acumulo de ácido lático por excesso de esforço são algumas das causas do problema – diz o treinador Manuel Lago.

Para evitar as cãibras

Nem sempre as dores são provocadas durante a atividade física e, em alguns momentos, a pessoa pode ter cãibras dormindo. Segundo o treinador, isso pode acontecer por conta de problemas na circulação sanguínea, enquanto o acúmulo de ácido lático está mais relacionado à atividade física. Um cardápio bem trabalhado, entretanto, pode ser uma boa forma de se evitar o problema, diz a nutricionista Cristiane Perroni.

- Castanha-do-pará, nozes, farinha de linhaça e frutas desidratadas, como damasco, melhoram a parte circulatória e podem ajudar. Já o excesso de ácido lático é mais ligado à atividade física e não tem tanta relação com a alimentação, embora alimentos ricos em potássio, como água de coco e banana, podem ser indicados nesse caso. Mas a má atividade física tem muita influência - diz a nutricionista Cristiane Perroni.

Além da banana e água de coco, alimentos como espinafre, couve, brócolis, feijão, lentilha e soja também podem ser indicados para evitar o excesso de ácido lático.

Além da questão da nutrição, cuidados durante a prática da atividade física também são fortes agentes na luta contra as cãibras, que estão associadas também a treinos inadequados. A maioria dos especialistas, por exemplo, dize que é importante não parar abruptamente após o treino e seguir caminhando por um pequeno intervalo de tempo. Isso faz com que o ácido lático seja liberado e não cause as dores.

- Ter um treinamento adequado, estar bem condicionado, hidratado e alimentado, além dos alongamentos, evitam as cãibras. Tanto é que, quem tem pouca flexibilidade, costuma ter mais cãibras do que uma pessoa bem alongada - conclui Manuel, que diz que as cãibras não atrapalham o planejamento de treinos e que o corredor não precisa ficar no estaleiro por conta do problema.

Por Lucas Loos
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PA após exercícios contra resistência.


A hipotensão pós-exercício (HPE) é um fenômeno com elevada relevância clínica, mas que ainda apresenta aspectos duvidosos em relação às variáveis que podem contribuir para sua manifestação. A dúvida é maior quando o exercício contra-resistência é aplicado com intuito de proporcionar HPE. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi rever algumas variáveis do exercício contra-resistência que podem estar associadas à HPE. Além disso, foram comentados alguns mecanismos fisiológicos possivelmente relacionados com esse efeito. Encontraram-se 14 referências abrangendo o exercício contra-resistência e a HPE. Seis estudos observaram efeito hipotensivo para a pressão arterial sistólica (PAS) e/ou diastólica (PAD) após o exercício contra-resistência. Contudo, foi observado que alguns estudos não identificaram diferenças significativas (p > 0,05) para PAS e PAD (n = 4) ou até relataram aumento
significativo (p < 0,05) (PAS ou PAD) (n = 4). Esses resultados discordantes podem estar relacionados ao volume e à intensidade do exercício, assim como o período de monitorização. Contudo, é possível identificar HPE quando se aplica o exercício contraresistência, tanto em pessoas normotensas quanto hipertensas. Todavia, os mecanismos fisiológicos responsáveis por esse tipo de resposta ainda permanecem obscuros.

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/biblioteca/comportamento-da-pa-apos-exercicios-contra-resistencia-revisao-sistematica-sobre-variaveis-e-possiveis-mecanismos