terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fadiga Crônica: é possível vencê-la


Muito cansaço logo pela manhã ao sair da cama, insônia, dores intensas, desânimo, desmotivação para as atividades que antes eram prazerosas, humor instável, tristeza profunda, dificuldade de concentração, infecções recorrentes, ansiedade, baixa imunidade e distúrbios gastrointestinais. Tais sintomas, entre outros, quando não associados a doenças conhecidas podem caracterizar um quadro de Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), mal cuja causa e tratamentos específicos ainda estão sendo estudados pela ciência, mas que afeta atualmente milhares de pessoas no mundo todo.

O que se sabe, com certeza, é que a SFC afeta a participação do indivíduo na realização de suas atividades rotineiras, como trabalho, estudos, relacionamentos afetivos e sociais, além de reduzir sua capacidade física e mental.

Elaborado pela inglesa Kristina Downing-Orr, psicóloga clínica, pesquisadora, escritora, profissional de programação neurolinguística, hipnoterapeuta e ex-portadora de SFC, e lançado recentemente no Brasil pela editora Summus Editorial, o livro “Vencendo a Fadiga Crônica” é dedicado a pacientes e também a profissionais que desejam conhecer a síndrome.

Após passar por vários médicos, a autora se uniu com colegas da área da saúde para estudar a doença a fundo. Tal estudo resultou no livro que apresenta a doença, conta a luta de Kristina para vencer a doença e apresenta as possíveis formas de tratamento.

Embora não haja uma causa estabelecida para a SFC, o médico fisiatra do Centro de Reabilitação Sorri Bauru, Márcio Miranda Batista, explica que alguns fatores, como a predisposição genética, viroses, a exposição do indivíduo a substâncias tóxicas, o estresse e outros fatores ambientais, são estudados e podem ser responsáveis pelo surgimento ou agravamento da síndrome.


Cansaço excessivo


Antes de diagnosticar a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC), é preciso excluir uma série de doenças que podem ter o cansaço excessivo como um dos principais sintomas.

De acordo com o fisiatra, a fadiga é uma queixa bastante inespecífica e pode aparecer em muitas doenças. “Diante dos sintomas trazidos pelo paciente, o mais importante a ser feito inicialmente pelo médico é excluir outras causas por meio da história clínica, exame físico e exames de laboratório”.

Doenças neuromusculares, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, hematológicas, diabetes, obesidade, tumores malignos, intoxicações e depressão são alguns males que têm a fadiga como um dos sintomas. “Quando não constatada nenhuma dessas doenças, e levando-se em conta a queixa trazida pelo paciente, a Síndrome de Fadiga Crônica pode ser considerada, contudo, não há um exame que confirme tal diagnóstico”, pontua.

Tratamento

Sendo a causa desconhecida, não há um tratamento específico para a fadiga crônica. Entretanto, Batista esclarece que o tratamento deve ser direcionado para alívio dos sintomas e para a melhora da capacidade funcional, minimizando as restrições de participação em atividades profissionais, sociais, pessoais e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida do paciente.

“Pode existir a necessidade de medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e até antidepressivos. A atividade física oferece inúmeros benefícios para a saúde do ser humano e aumenta a tolerância à fadiga, além de promover relaxamento e bem estar. Portanto, mais uma aliada no combate à SFC”.

Para Batista, um paciente com tal doença deve realizar exercícios aeróbicos, como caminhada ou bicicleta, além de alongamentos e exercícios para mobilidade de todos os segmentos corporais. Contudo, os doentes devem ser orientados quanto a postura para realizar as atividades e como economizar gasto energético.

A atividade física deve ser regular e não provocar exaustão, tendo em vista que a pessoa deve estar bem recuperada em, no máximo, 24 horas. A supervisão e orientação de um fisioterapeuta ou educador físico são fundamentais.

Alimentação auxilia no tratamento dos sintomas

O pouco conhecimento comprovado sobre a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) ainda compromete a existência específica do seu tratamento. De tal forma, o objetivo de especialistas é amenizar os sintomas da doença, como as dores intensas, cansaço e desânimo constantes. Para tanto, a prática de exercícios físicos regulares, o uso moderado de álcool e alimentação equilibrada são as apostas de especialista.

Embora a literatura não comprove a atuação eficaz de alimentos no tratamento da fadiga crônica, médicos e nutricionistas orientam a manter horários fixos de alimentação - comer a cada três horas -, consumir entre 6 e 9 porções de frutas e/ou legumes por dia. Também é indicado comer carnes magras e reduzir o consumo de sal e alimentos industrializados durante o tratamento.

De acordo com Vânia Lamônica, coordenadora do curso de nutrição da Universidade Paulista (Unip) de Bauru e coordenadora do curso de pós-graduação em gestão de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN)do Senac/Bauru, alguns nutrientes são relacionados com a produção de energia e a capacidade imunológica, o que pode auxiliar no combate a SFC. “Entre eles citamos os carboidratos complexos, vitaminas do complexo B e vitaminas C e E, minerais como zinco, ferro e magnésio, e ácidos graxos Ômega 3”.

Segundo a nutricionista, tais elementos regulam a produção de energia nas células, melhoram a eficiência da contração muscular e a capacidade cognitiva, o que auxilia no combate aos radicais livres e regulariza as células de defesa do organismo. “Portanto, são úteis no tratamento dos sintomas da SFC”.

No prato

Boas fontes dos nutrientes citados por Lamônica são os cereais integrais como o arroz, farinha de trigo, aveia e quinoa, alimentos ricos em nutrientes energéticos e fontes dos minerais zinco e manganês. Já as vísceras, fígado, gema de ovo, folhas verdes, feijões, leite e seus derivados e o levedo de cerveja, entre outros, garantem os minerais e as vitaminas do complexo B.

“Frutas frescas fornecem a vitamina C, por isso acerola, kiwi, tomate e laranja são alguns exemplos de frutas recomendadas. Amendoim, nozes, castanha do Pará e demais oleaginosas são ricas em vitamina E e minerais. E para garantir o Ômega 3, azeite de oliva extra-virgem, linhaça e peixes de água fria, como a sardinha e o salmão, não podem ficar fora da dieta”, garante a nutricionista.

Mudança de atitude

Por não ter ânimo nem ao menos para realizar as tarefas mais básicas do cotidiano, o indivíduo com a Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) vê sua autoestima e vontade de viver despencar. E para vencer esse mal ainda pouco conhecido pela medicina, a mudança de atitude é aliada fundamental, principalmente na busca pelo equilíbrio emocional que controla o estresse.

Tal transtorno compromete o bem-estar, a produtividade e os relacionamentos das pessoas. Nesse quadro, a psicoterapia é usada como recurso para ajudar no entendimento e na solução”, aponta a especialista em psicologia clínica Maria Celina Nicoletti.

Em primeiro lugar, Nicoletti salienta a importância da mudança de atitude diante da vida e dos relacionamentos. Em uma sociedade competitiva, aprender a aceitar os próprios limites e erros como possibilidades de novos aprendizados, ao invés de encará-los como fracassos, é primordial. “Tais atitudes evitam o estresse, porta de entrada para o transtorno da fadiga crônica”.

Cultivar a espiritualidade, praticar a meditação, ter relações interpessoais mais afetivas e não se privar de sentir amor, compaixão, ódio, ciúme, e outros sentimos que fazem parte da natureza humana também ajudam o paciente.

Praticar atividades prazerosas e seguras, como o próprio trabalho deve ser, e valorizar os momentos de lazer são atitudes positivas que, segundo a psicóloga, não podem ser deixadas em segundo plano.

sábado, 22 de outubro de 2011

Influência da Atividade Física programada na pressão arterial de idosos hipertensos

Influência da Atividade Física programada na pressão arterial de idosos hipertensos
Estudo avalia influência da atividade física na pressão arterial de pacientes idosos hipertensos sob tratamento não farmacológico (TNF).

Estudo avalia a influência da atividade física na pressão arterial de pacientes idosos hipertensos sob tratamento nãofarmacológico (TNF). Estudamos homens e mulheres, maiores de 60 anos, com hipertensão arterial estágio I, sem uso de antihipertensivos. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: GRUPO CONTROLE (GC) – orientados para TNF; e GRUPO ESTUDO (GE) – TNF e programa de atividade física supervisionada que consistia de três sessões semanais com uma hora cada. A duração do estudo foi de 6 meses com avaliações na inclusão no estudo (V1) e a cada três meses (V2 e V3). Toda a amostra foi submetida à avaliação clínica, eletrocardiograma (ECG), teste ergométrico, monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e ecodopplercardiograma. Utilizamos o teste de Friedman para análise evolutiva das médias intragrupo e teste T de Student para comparação de dados independentes entre os grupos. Foram randomizados 24 pacientes no GE (Cinco homens) e 21 no GC (Quatro homens), destes 22 completaram os seis meses de seguimento no GE e 13 no GC. Os valores médios da pressão sistólica encontrados na MAPA em V1, V2 e V3 no GC foram de 134,2±14,5; 136,1±9 e 143,7±13,9mmHg respectivamente e no GE 135,6±11,4; 138,7 ±12,2 e 133,9±8,5mmHg. Os valores médios da pressão diastólica no GC foram 78,7±5,82; 82,3±6,2 e 83,3±9,2mmHg e no GE 80,1±6,8; 81±6,6 e 80,8±7,3mmHg. A atividade física supervisionada foi mais eficiente em manter o controle da pressão arterial em idosos com hipertensão estágio I (GE) quando comparada ao grupo controle.

Fonte: clique aqui

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Cãibras.

Especialistas orientam formas para se evitar o problema, que pode estar relacionado a má alimentação, desidratação e preparação física inadequada.

No meio do treino ou da prova, surgem contrações num determinado músculo, que causam fortes dores obrigando o corredor a interromper a atividade física. As cãibras são muito comuns para quem pratica esportes e podem ocorrer devido a diversos fatores: má alimentação, desidratação, preparação física inadequada, problemas de circulação e por aí vai. Embora não se caracterize necessariamente como uma lesão, o problema é um incômodo e tanto para quem gosta de se exercitar.

- A cãibra é um espasmo muscular involuntário, onde o músculo se contrai e não consegue relaxar sozinho. Baixa de cálcio e potássio na circulação, desidratação e acumulo de ácido lático por excesso de esforço são algumas das causas do problema – diz o treinador Manuel Lago.

Para evitar as cãibras

Nem sempre as dores são provocadas durante a atividade física e, em alguns momentos, a pessoa pode ter cãibras dormindo. Segundo o treinador, isso pode acontecer por conta de problemas na circulação sanguínea, enquanto o acúmulo de ácido lático está mais relacionado à atividade física. Um cardápio bem trabalhado, entretanto, pode ser uma boa forma de se evitar o problema, diz a nutricionista Cristiane Perroni.

- Castanha-do-pará, nozes, farinha de linhaça e frutas desidratadas, como damasco, melhoram a parte circulatória e podem ajudar. Já o excesso de ácido lático é mais ligado à atividade física e não tem tanta relação com a alimentação, embora alimentos ricos em potássio, como água de coco e banana, podem ser indicados nesse caso. Mas a má atividade física tem muita influência - diz a nutricionista Cristiane Perroni.

Além da banana e água de coco, alimentos como espinafre, couve, brócolis, feijão, lentilha e soja também podem ser indicados para evitar o excesso de ácido lático.

Além da questão da nutrição, cuidados durante a prática da atividade física também são fortes agentes na luta contra as cãibras, que estão associadas também a treinos inadequados. A maioria dos especialistas, por exemplo, dize que é importante não parar abruptamente após o treino e seguir caminhando por um pequeno intervalo de tempo. Isso faz com que o ácido lático seja liberado e não cause as dores.

- Ter um treinamento adequado, estar bem condicionado, hidratado e alimentado, além dos alongamentos, evitam as cãibras. Tanto é que, quem tem pouca flexibilidade, costuma ter mais cãibras do que uma pessoa bem alongada - conclui Manuel, que diz que as cãibras não atrapalham o planejamento de treinos e que o corredor não precisa ficar no estaleiro por conta do problema.

Por Lucas Loos
Fonte: clique aqui

PA após exercícios contra resistência.


A hipotensão pós-exercício (HPE) é um fenômeno com elevada relevância clínica, mas que ainda apresenta aspectos duvidosos em relação às variáveis que podem contribuir para sua manifestação. A dúvida é maior quando o exercício contra-resistência é aplicado com intuito de proporcionar HPE. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi rever algumas variáveis do exercício contra-resistência que podem estar associadas à HPE. Além disso, foram comentados alguns mecanismos fisiológicos possivelmente relacionados com esse efeito. Encontraram-se 14 referências abrangendo o exercício contra-resistência e a HPE. Seis estudos observaram efeito hipotensivo para a pressão arterial sistólica (PAS) e/ou diastólica (PAD) após o exercício contra-resistência. Contudo, foi observado que alguns estudos não identificaram diferenças significativas (p > 0,05) para PAS e PAD (n = 4) ou até relataram aumento
significativo (p < 0,05) (PAS ou PAD) (n = 4). Esses resultados discordantes podem estar relacionados ao volume e à intensidade do exercício, assim como o período de monitorização. Contudo, é possível identificar HPE quando se aplica o exercício contraresistência, tanto em pessoas normotensas quanto hipertensas. Todavia, os mecanismos fisiológicos responsáveis por esse tipo de resposta ainda permanecem obscuros.

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/biblioteca/comportamento-da-pa-apos-exercicios-contra-resistencia-revisao-sistematica-sobre-variaveis-e-possiveis-mecanismos